domingo, 25 de maio de 2008

Sorteio

Com a ajuda do Tomás, fiz o sorteio dos cartões personalizados. E com foto, para comprovar que não há marmelada. Como tudo na vida, não existe sorte ou azar: há chances para aproveitar. E vale a persistência e insistência. Nao ganhou desta vez? Tente de novo! E para todos, vamos dividir as dicas de estratégias de criação (sim, existem ferramentas para colocar a criatividade em prática!), que você irá aplicar nas situações do dia-a-dia. Acompanhe os resultados... E divirta-se com nosso garoto propaganda (podem elogiar: é meu neto!).
PS: Para ver com mais nitidez, clique em cima da história em quadrinhos.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Idéias na prática

P: Eu penso em tantas coisas para fazer e, modéstia a parte, minhas idéias são mesmo muito boas. O problema é que não consigo colocar em prática. Se eu conseguisse... Miriam, Cintra

R: Muita gente diz que não é criativa, ou que não tem idéias (o que é uma grande bobagem: todos nascem criativos: os bloqueios são construídos no decorrer da vida!). Outras, ao contrário, parecem uma usina de idéias. Em qualquer situação, para qualquer assunto ou problema, já apresentam uma saída, uma proposta, algo a ser feito. Geralmente, são idéias muito boas. Mas... colocar em prática é outra história! Parece ser o seu caso.

Concretizando objetivos
Existem vários motivos que levam as pessoas a deixarem as idéias no plano abstrato. Vou comentar dois. Um, a falta de referências concretas. O outro, a busca pela perfeição. Há um caso muito famoso, que é um bom exemplo: a criação do walkman. Sim, houve uma época em que não existia walkman, ouvia-se música em vitrolas e toca-discos. Eram verdadeiros móveis, que enfeitavam a sala para as reuniões, dança e muito namoro. Pois bem. Akio Morita, o fundador da Sony, teve a idéia de fazer um aparelho pequeno, portátil, para ouvir sozinho a música que bem entendesse. Todo mundo achou que ele era maluco! –Ouvir música SOZINHO??? Música é algo para socializar.... Akio insistiu. Os engenheiros não conseguiam colocar em prática a idéia (difícil visualizar algo que ninguém fez antes!). Lá pelas tantas, ele colocou um tijolo na frente dos engenheiros e disse: - Quero um aparelho deste tamanho. Pronto. A idéia deslanchou. O produto foi sucesso absoluto e mudou totalmente o ato de ouvir música. E o tamanho de um tijolo ficou bem para trás...

A perfeição
Mas digamos que Akio insistisse em um produto perfeito – mais leve, minúsculo mesmo, como os atuais ipods. Posso até ouvir a voz de sua mãe, de seus professores e mestres, sussurrando: -Você tem que ser o melhor, o perfeito! Se ele tivesse escutado esta gente, estaríamos esperando até hoje pelo walkman! Quer dizer que não basta ser adequado? Acho que sim. Ou seja: as idéias são colocadas em prática do jeito possível, não ideal. São aperfeiçoadas com a contribuição de todos. Aceitar este trabalho de equipe é outro grande desafio para transformar idéias em prática. É necessário dividir os louros do sucesso e enfrentar um trabalho duro, braçal, de aperfeiçoamento. Só de pensar nisto (mesmo inconscientemente), algumas pessoas acabam desistindo antes de começar. Até que vem outro, tem uma idéia parecida e resolve arriscar... Cobrindo-se de glória (e dinheiro, muitas vezes!). Tem um publicitário muito famoso em São Paulo (famoso mesmo, cheio de prêmios – o desinfeliz ainda vive, não posso citar o nome!), absolutamente detestado pela sua equipe. Cansei de entrevistar gente que trabalhou com ele: sempre reclamavam que ele nunca dava os créditos para quem havia ajudado a desenvolver as campanhas publicitárias. Simplesmente, “pegava” as idéias e colocava em prática, esquecendo o resto do time. Hoje, ele é o tal. Os outros? Apenas os outros. Injusto? Com certeza, embora seja preciso reconhecer: ele sabe identificar uma idéia fabulosa. Aprendemos assim: é preciso agir, antes que outros o façam.

A estratégia
1. Tire a idéia da cabeça e transporte-a para o mundo concreto: escreva, faça um desenho, uma colagem, qualquer coisa que permita a visualização.
2. Detalhe as etapas necessárias para colocar em prática a idéia.
3. Estabeleça os principais desafios a serem vencidos (Dinheiro? Tempo? Contatos?)
4. Utilize sua rede de amigos, monte sua equipe e parta para a ação!

PS: Não escreveu a-i-n-d-a para participar do sorteio dos cartões personalizados? Escreveu mas não está na lista? Escreva já ou reclame! A lista para o sorteio está assim:
1. Denise BC
2. Verônica
3. Ricardo Rayol
4. Nina
5. Janaina
6. Simone, corpo, mente e arte
7. Georgia
8. Luma
9. Elena
10. Lunna
11. Lulu on the sky
12. Marco
13. Aninha Pontes
14. Ceci
15. Chuvinha
16. Betho Sides
17. Maria-sem-vergonha
18. Anlene Gomes
19. Cristiane
20. Bel
21. Depois dos 25, mas antes dos 40
22. Lucia Cintra Stevenson
23. Ângela
24. Maira
25. LM
26. Fernanda
27. Sonia
28. O meu jeito de ser
29. New
30. Marius Queiroz

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Inconvenientes

P: Posso comentar o que quiser nos blogs? Fico sempre com vergonha de estar invadindo o espaço dos outros, não só nos blogs, mas também em reuniões, conferências, almoços e jantas! N.S., Palmares

R: Esta é uma questão importante, pois envolve saber como ser conveniente, ou o quanto somos inconvenientes. Em propaganda, é o justo caminho entre “pedir licença” e “invadir”. Quem já não se irritou com a caixa postal repleta de e-mails indesejados? Antes, eram os folhetos via correio. Os papeizinhos deixados no pára-brisa do carro ou na porta de casa. De um lado, quem tem algo a oferecer e deseja atingir seu público; de outro, quem não quer a sua vida repleta de informações não solicitadas.

Retirem-se vocês!

Uma vez me envolvi numa briga enorme, um processo contra escolas particulares (para quem não sabe, houve uma época em que as mensalidades das escolas particulares eram controladas pelo governo. A encrenca foi grande.). Um belo dia, escuto da diretora da escola:
-Não está satisfeita? Os incomodados que se retirem!
É o mesmo argumento que se ouvia na época da ditadura: Brasil, ame-o ou deixe-o.

Fincando o pé
Ora, se fosse assim, nada mudava neste mundo. Não deixo não: estou incomodada e fico. Fico para mudar. Fico para transformar. No mundo dos negócios, significa abrir as portas para ouvir as reclamações e sugestões dos consumidores. Foi uma longa luta, mas nenhuma empresa hoje ousaria dar as costas para os seus clientes, retrucando que, se não gostam, que procurem outra freguesia. É verdade que recentemente a Sprint Nextel dispensou alguns clientes. Alguns? Foram mil! Simplesmente deu um basta. Fez as contas e concluiu: era mais caro manter o atendimento a estes clientes reclamões (cada um ligava mais de 20 vezes por mês) do que mandá-los para a concorrência. Assim pensou, assim fez. Cliente está em primeiro lugar, é importante - mas muitas vezes está errado – e não se dá conta, não tem o mínimo do “simancol”. Pior, porque está pagando, vem cheio de razão, mesmo sem a ter.

Via de mão dupla

Num blog, no trabalho, nas amizades, é fundamental perceber que as relações e suas regras são construídas em conjunto. Pegando o exemplo do blog. Está aberto para comentários? Manda ver. O blogueiro quer moderar? Ok. Quer editar? Também pode. Escreveu algo, as pessoas reagiram de forma inesperada? Nada de reclamar: é melhorar a comunicação. E como as outras pessoas agem? Isto significa fazer benchmark, ou seja, ver as melhores práticas no setor. Enfim, na medida em que você experimenta e testa limites, terá uma reação ou, como chamamos em propaganda e comunicação, o feedback. A partir deste retorno, ajusta as novas ações. O importante é não se antecipar, imaginando a reação e, com isto, se auto-censurado. Mas este assunto fica para o próximo post.

A estratégia
1. Ao ocupar algum espaço – profissional, social, afetivo, “bloguístico”, faça benchmarket: lance um olhar sobre como as outras pessoas estão agindo.
2. Coloque-se em campo, seja você mesmo – mas preste atenção no retorno, no feedback.
3. Esqueça a frase “sou assim mesmo”. Isto é comodismo. Mudar dói e é difícil, mas ser flexível e adaptar-se faz parte do jogo da vida. Só não muda quem está morto.
4. Exponha-se. O que pode acontecer de pior? Com certeza, ninguém morre por dar alguma “bola fora”. Quando muito, elas servem para a gente aprender e dar risadas no futuro.

PS: A comemoração dos 5 mil continua. Vá deixando seu recadinho, que vou sortear cartões personalizados. E o bacana é descobrir o processo de criação dos cartões!